A sede de vingança é o que move Mia Corvere pelas esquinas de Godsgrave, na república de Itréya. Nevernight (Plataforma 21, 608 pp, R$ 49,90), de Jay Kristoff, é uma trama composta por corrupção, traição e sedução, inspirada nas civilizações greco-romanas, onde Mia busca se aprimorar no ofício de matar. Sua missão é ceifar as vidas de cada um dos responsáveis pela extinção de sua família. Quando ela era criança, Darius Corvere – seu pai – foi acusado de insurreição contra a República de Itreya. Mia estava presente quando o carrasco puxou a alavanca, viu o rosto do pai se arroxeando e seus pés dançando à procura do chão. No mesmo dia, viu a mãe e o irmão caçula serem presos em nome de Aa, o Deus da Luz. Mia, agora com 16 anos, não se esqueceu daqueles que destruíram sua família e deseja tirar a vida de todos eles. O tom sarcástico da narrativa é um elemento extra, que instiga os leitores a entrar na atmosfera da igreja vermelha, escola onde são formados os assassinos profissionais de uma terra orbitada por três sóis, onde nunca é noite. O livro inaugura a trilogia As crônicas da Quasinoite.