
Quando a editora Marcia Batista estava nas tratativas para publicar o livro Eu sobrevivi ao Holocausto (Universo dos Livros), no qual Nanette Konig, colega de sala de Anne Frank, conta as suas memórias mais traumáticas, ela tropeçou em outra história igualmente rica. A de Takashi Morita, sobrevivente da bomba atômica que dizimou Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial. O resultado é o livro A última mensagem de Hiroshima, que chega às livrarias no final de março pelas mãos da Universo dos Livros. No volume, senhor Takashi, radicado no Brasil desde 1956, conta como foi sobreviver com a mente cheia de memórias traumáticas.

Com o livro, apesar de todos os traumas, senhor Takashi quer passar uma mensagem de perdão. "Quando questionado a respeito de suas mágoas com relação aos norte-americanos, responsáveis pelo envio da bomba atômica a Hiroshima, o veterano responde: "Estavam apenas fazendo o seu trabalho", relembra a editora. “Acredito que é um projeto que tem muito potencial comercial, mas estou especialmente feliz pelo caráter humano do livro e por fazer com que este relato tão emocionante não caia no esquecimento”, acrescentou.