A HarperCollins Publishers, direto de Nova York, anunciou nesta terça-feira (3) que comprou o restante das quotas da HarperCollins Brasil que pertenciam à Ediouro – cerca de 25% do capital da empresa. Com o anúncio, a companhia passa a ter 100% do capital da HarperCollins Brasil. Na próxima segunda-feira (9), a empresa deixa a sede da Ediouro em Bonsucesso e muda-se para a Rua da Quitanda, no centro do Rio de Janeiro.
Também via comunicado, Jorge Carneiro, presidente da Ediouro comentou que a parceria de dez anos entre o grupo brasileiro e o multinacional honrou a história da Ediouro. “Mas agora é o momento de focarmos em nossas marcas para fazê-las crescer", completou.
Em 2014, quando foi sabatinado por jornalistas – inclusive pelo PublishNews – durante o CEO Talk da Feira do Livro de Frankfurt, Murray adiantou seu interesse em expandir no Brasil. À época, ele disse: “o Brasil é onde todos querem estar. Nós da HarperCollins queremos estar e investir em todos os mercados onde vemos crescimento editorial em longo prazo. E o Brasil é muito importante para o mercado editorial”, completou.
Patrícia Hespanha continuará a frente da HarperCollins Brasil e Omar Souza seguirá como publisher dos selos publicados pela editora: HarperCollins, Thomas Nelson, Vida Melhor e Harlequin.
A HarperCollins Brasil foi formada por uma joint venture que combinava as operações já existentes da Thomas Nelson Brasil e da Harlequin Brasil com títulos comerciais da Ediouro. Já são mais de 2,5 mil títulos publicados, incluindo obras da HarperCollins comercial e infantil, títulos cristãos e romances do mundo inteiro, além de um foco especial em autores nacionais.
De acordo com a Ediouro, embora a sociedade tenha sido extinta, haverá uma colaboração entre as empresas. A área de estoque e expedição continuará sendo compartilhada pelas duas editoras.
Demissões
Com a mudança, a HarperCollins Brasil teve que mexer no seu quadro de pessoal. “Nós funcionávamos de maneira totalmente integrada com a Ediouro e com essa mudança, tivemos que reorganizar a nossa empresa da mesma forma que a Ediouro também está se reestruturando”, comentou Patricia Hespanha. Com isso, a diretora assume que houve demissões que atingiu cerca de 5% do pessoal da editora. O departamento que mais sentiu foi o de produção editorial, que perdeu quatro funcionários. Hespanha adiantou ao PublishNews que boa parte das funções deste departamento serão terceirizadas.