Em O ladrão de verrugas (Zit, 32 pp, R$ 26,90), a escritora Mathilda Kóvak se une ao ilustrador Cesar Lobo para criar uma história cheia de suspense, aventura e humor. Uma narrativa repleta de originalidade, construída com linguagem de quadrinhos e com carisma, na cômica interseção entre o detetivesco e o nonsense. Como todo bom larápio, Arseninho Lupão sabe ser meticuloso. Antes de efetuar o furto, examina detidamente a vítima. Planeja o bote. É hábil com as aras. O que o diferencia de seus colegas no mundo da gatunagem, é que não está atrás de dinheiro. Tampouco de relógios, joias ou celulares. O que o leva ao crime é a obsessão por algo diminuto, improvável e protuberante. Uma coisinha pequena e, para alguns, até meio asquerosa, que Lupão só consegue extrair após uso de gás hilariante e de sua infalível formula secreta.