A Saraiva realizou, na manhã desta segunda-feira (15), uma teleconferência com investidores e acionistas para apresentar os resultados do segundo trimestre de 2016. Entre os destaques, está uma queda nominal de 2,4% na receita bruta total, que caiu de R$ 415 milhões, em 2015, para R$ 404,9 no mesmo período de 2016. Muito desse resultado é reflexo do fenômeno dos livros de colorir que elevaram as vendas no segundo trimestre de 2015. Retirando da jogada os valores apurados nas vendas dessa categoria, a varejista teria um crescimento de 3% nas suas vendas brutas. Considerando apenas as lojas físicas (na comparação mesmas lojas), a retração da receita bruta foi ainda maior, de 8,1%. Mesmo sem os livros de colorir, a rede de lojas físicas teria apresentado queda nas vendas de 0,6%.
Na contramão disso, o período é destacado pela boa performance do e-commerce da empresa, que apresentou 13,8% de aumento nas vendas, totalizando R$ 136 milhões no segundo trimestre de 2016.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) no segundo trimestre de 2016 foi de R$ 1,1 milhão, demostrando relevante evolução em relação ao EBITDA do mesmo período do ano passado, que foi de R$ 7,6 milhões negativos. Uma das razões da melhoria do EBITDA foi a diminuição da linha de despesas operacionais, que fechou o segundo trimestre totalizando R$ 133 milhões, redução de 3,3% se comparado aos R$ 138 milhões reportados no mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano, a Saraiva obteve, em 2016, uma receita bruta de R$ 947, milhões versus R$ 939.9 milhões apurados em 2015. Isso representa um crescimento nominal de 0,8%, sem levar nessa conta a inflação que foi de 8,84% (IPCA). O EBITDA no primeiro semestre foi de R$ 20,8 milhões, melhoria de 489% em relação ao mesmo período do ano passado, quando se apurou R$ 3,5 milhões.
A empresa ressalta iniciativas que visam a melhoria da aplicação do seu capital de giro, como a “revisão da ‘clusterização’ ideal de lojas e a implementação de ferramentas que favorecem a melhor gestão de compras e devoluções”. Um dos destaques nessa área foi a diminuição de R$ 20 milhões nos estoques em comparação ao fechamento do ano passado. O prazo de pagamento a fornecedores aumentou em dois dias, alcançando 73 dias no segundo trimestre de 2016, quando comparado com 71 dias no mesmo período de 2015.
Outro destaque do segundo trimestre foi a revisão do mix de produtos e a redução da área da loja do Shopping Recife, na capital pernambucana. A mesma estratégia deverá ser empregada em outras unidades. Em setembro próximo, a loja do Shopping Iguatemi Porto Alegre (RS) e, em outubro, a do Shopping Iguatemi Alphaville (SP) deverão passar por ajustes.