Brasil de mazelas
PublishNews, Redação, 09/08/2016
Historiador Eduardo Bueno desvenda o que mina o desenvolvimento do país

Em 1548, com a derrocada das capitanias hereditárias, Portugal decidiu estabelecer um Governo-Geral no Brasil. No ano seguinte, o militar Tomé de Sousa desembarcou na Bahia, acompanhado por burocratas, funcionários públicos, soldados e degredados. Sua missão era construir a primeira capital da colônia, a Cidade do Salvador, e, a partir dali, estabelecer a lei e a ordem em todo o território. A cidade – erguida em regime de empreitada, com licitações fraudadas e obras superfaturadas – de fato foi construída. Mas a lei e a ordem não fixaram residência ali. Com a substituição do rígido Tomé de Sousa pelo corrupto Duarte da Costa, o que já estava ruim ficou pior. E, assim, o destino do Brasil seguia em rumo incerto – com os franceses, desde 1555 instalados no Rio de Janeiro, a um passo de se tornarem seus novos colonizadores. Assinado pelo historiador Eduardo Bueno, o livro A coroa, a cruz e a espada (Sextante; 288 pp.; R$ 34,90) ajuda a desvendar a origem de algumas das mazelas que continuam minando o pleno desenvolvimento do Brasil.

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