
No geral, a edição de 2016 do relatório traz mais de 50 gráficos e tabelas que resumem o desenvolvimento desse mercado complexo. Para construir esse cenário, a equipe do relatório resgatou dados e a história do livro digital nos últimos seis anos; fizeram comparações diretas entre a produção de livros físicos e digitais; levantaram dados sobre pirataria, preferências e hábitos dos leitores digitais.
O relatório estima o mercado digital de livros no Brasil em R$ 35,1 milhões, considerando os valores de faturamento dos editores. Neste número estariam apenas incluídas as editoras de CTP e mercado geral. Vendas para plataformas exclusivamente de bibliotecas e o autopublicação digital, como o KDP da Amazon e o Publique-se da Saraiva, tampouco estão contemplados.
O catálogo brasileiro é estimado em 70 mil títulos, dos quais cerca de 20 mil seriam edições independentes. A participação das vendas digitais no faturamento dos editores em 2015 foi de 4,27% em unidades e 2,57% em valores. “Para estimar estes números, usamos uma amostra representativa do faturamento digital de diversas editoras e utilizamos como base de comparação as vendas de 2015 apontadas pelo Nielsen Bookscan e extrapoladas", explica Carlo Carrenho, responsável pelo capítulo brasileiro do relatório. “Desta vez, ao contrário de anos anteriores, foi possível calcular mais e chutar menos", complementa Carrenho.
Em termos de participação dos varejistas digitais no Brasil, o e-Book Global Report aponta que a Amazon detém 60% de market share nas vendas de e-books de editoras (excluindo aqui autopublicações) no País, seguida pela Apple, com 15%, e pela Saraiva e Google empatados em terceiro lugar, com 10%. A participação da Kobo foi estimada em 5%, mas há uma margem de erro alta de 5%, já que nenhuma loja divulga seus números.