No final de 2015, duas notícias ditaram novos rumos à Edições de Janeiro, editora carioca criada em 2014 por Ana Cecília Martins, Renata Nakano e o investidor José Luiz Alquéres.
Primeiro, o fim dos investimentos no catálogo infantojuvenil provocado pela “interrupção de programas de compras de livros pelo governo federal”, segundo noticiou a coluna Painel das Letras na época. Uma das consequências disso, foi a saída de Renata Nakano da sociedade.
Um pouco mais tarde, a mesma Painel das Letras noticiou que Ana Cecília, embora permanecesse na sociedade, criava uma editora, a Bazar do Tempo, para se dedicar filões abandonados pela Edições de Janeiro.
A notícia agora é que Ana Cecília saiu em definitivo da sociedade. Em nota enviada ao PublishNews, a editora informa que contratou Dênis Rubra (ex-Grupo Editorial Record) como novo responsável pelo editorial da casa que editou obras como Eu sou trezentos - Mário de Andrade, vida e obra, de Eduardo Jardim, Shakespeare - o que as peças contam, de Barbara Heliodora, Cartas a Lula, de Bernardo Kucinski, e Mário de Sá-Carneiro: antologia, de Cleonice Berardinelli.
Em nota Alquéres disse que Dênis tem “o desafio de dar continuidade à construção de um catálogo de prestígio, com nomes fortes da literatura nacional e internacional, especialmente em livros de não ficção”. Dênis disse ao PublishNews que dará continuidade ao plano de negócios da empresa e ampliará o “notável catálogo” da Edições de Janeiro. “Fiquei muito honrado com o convite e estou muito animado”, declarou.
Na mesma nota, Alquéres registrou a importância do trabalho das duas ex-sócias que buscaram novos rumos profissionais: “Desejamos a ambas o maior sucesso e reconhecemos a sua contribuição na fase inicial das Edições de Janeiro”.