Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade se conheceram em Belo Horizonte em abril de 1924, durante a expedição dos modernistas que Mário, junto com Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Blaise Cendrars e outros, empreendeu pelas cidades históricas de Minas Gerais. Àquela altura o poeta paulistano era uma figura de proa da cultura brasileira, enquanto o tímido mineiro de Itabira ainda não havia publicado seu primeiro livro. A correspondência entre os dois poetas tomaria corpo pelos 20 anos seguintes, até as vésperas da morte de Mário, em 1945. Agora, essas cartas foram reunidas em A lição do amigo – cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade (Companhia das Letras, 464 pp, R$ 49,90).