Desde jovem exilado em Paris, o argentino Copi escreveu a maior parte de sua obra em francês entre as décadas de 1970 e 1980. Publicado em 1972, O uruguaio (Rocco; 208 pp; R$ 34,50; e-book R$ 22,50 - Trad. Carlito Azevedo) é seu primeiro relato, uma novela curta que assume a forma narrativa de uma carta, endereçada ao Mestre, num único e só parágrafo, por alguém que assina Copi. Os eventos beiram o surrealismo: o Uruguai, por exemplo, desaparece soterrado pela areia da praia. Depois do cataclismo, o país é pouco a pouco redesenhado no papel, passando como num passe de mágica a existir de novo. Seus habitantes voltam à vida como uma espécie de zumbis, que precisam reaprender a viver normalmente.