O jornalista Renato Terra - que incorpora a presidente Dilma em sua coluna Diário da Dilma, na revista Piauí - se prepara para o lançamento do seu segundo livro (o primeiro, Uma noite em 67 (Planeta), ele escreveu em parceria com Ricardo Calil). O livro, que leva o mesmo nome da sua seção na revista, deve chegar às livrarias ainda nesse mês. A Dilma criada por Renato Terra é atenta aos mínimos detalhes do penteado, adora jogar tranca, paparica o neto, faz fofoca com amigas da Casa Civil e da Petrobrás e vive a suspirar por seu príncipe encantado, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Para compor o diário, inspirado numa coluna sobre a ex-primeira dama francesa Carla Bruni, criada pelo jornal humorístico francês Le Canard Enchaîné, Terra mergulha no noticiário nacional, descobre cores de esmalte e tendências fashion em revistas femininas, capricha no vocabulário cafona e fica de olho na agenda cumprida pela presidente na vida real. Muitas informações de bastidores servem de material para o diário: há histórias que parecem brincadeira, mas são informações exclusivas recebidas pelo jornalista. Mas a mistura entre fato e ficção não deixa dúvida sobre o traço que predomina em todos os textos: o humor corrosivo e escrachado.