O que teriam em comum o coronel inglês Fred Burnaby, a atriz francesa Sarah Bernhardt e o fotógrafo Félix Nadar, também francês? Os três viveram uma experiência audaciosa, em diferentes anos do século 19: ver o mundo a bordo de um balão. Cada uma a seu modo, suas histórias ilustram como a aventura de se lançar aos céus, tão pioneira naquela época, viria a transformar as perspectivas da cultura e da arte. No livro Altos voos e quedas livres (Rocco, 128 pp., R$ 23,50 - Trad. Léa Viveiros de Castro), Julian Barnes parte de uma narrativa sobre os primórdios do balonismo para mergulhar no relato de seu próprio luto. Com isso elabora, também ele, um voo, desafiando mais uma vez os limites dos gêneros, ao entrelaçar relato histórico, memórias, ficção e ensaísmo.