Ao seguir os passos de Chester MacFarland até o interior do Hotel King’s Palace, em Atenas, Rydal Keener não podia imaginar que este homem que parecia ser o duplo de seu pai era um estelionatário em que a polícia americana adoraria pôr as mãos, nem mesmo que o surpreenderia arrastando o cadáver de um detetive grego que o bandido acabara de assassinar. De repente, Rydal se vê ajudando Chester a ocultar o corpo. Será que uma das razões para o ato impensado do rapaz não seria Colette, a sedutora mulher de Chester? A moça também o fazia lembrar alguém: sua prima Agnes, por quem se apaixonara aos 15 anos. Enredados num jogo de contornos arriscados, os três iniciam uma fuga por entre ruínas milenares, vielas escuras e hotéis decadentes no livro As duas faces de janeiro (Benvirá, 320 pp., R$ 39,90 - Trad. Marcelo Pen), novo romance policial da norte-americana Patricia Highsmith