Com o objetivo de tornar a Feira Internacional do Livro de Sharjah realmente global, os organizadores dos Emirados criaram um programa de apoio à tradução. São 300 mil dólares a serem distribuídos, sendo 250 mil para livros traduzidos do árabe ou para o árabe e, pasmem,50 mil para livros traduzido de qualquer idioma para qualquer idioma. A condição: o negócio deve ser iniciado durante os dias profissionais da Feira de Sharjah. Não há necessidade de se assinar contratos durante o evento, mas apenas de se preencher um formulário com dados do livro, do comprador e do vendedor, o qual funciona como uma espécie de carta de intenções. A partir de então, os envolvidos têm três meses para fechar o negócio e formalizar o pedido de apoio.
As bolsas variam entre 1.500 dólares para livros infantis e 4.000 dólares para livros de interesse geral, que podem variar de poesia à gastronomia, passando por ficção. Em 2012, foram feitos 499 pedidos de apoio, dos quais 151 foram aprovados e 21 livros já estão publicados. .
Além disso, a organização da Feira de Sharjah criou uma área para negociação de direitos autorais, semelhante aos “rights centers” que existem nas feiras de Frankfurt, Londres e Guadalajara, com várias mesas posicionadas em um salão. E, mais do que isso, os organizadores cuidam da agenda de todos os participantes, marcando reuniões entre eles no melhor estilo “casamenteiro”. Em um país onde os casamentos ainda são arranjados, nada mais apropriado, talvez.
Mais informações sobre a bolsa podem ser obtidas aqui. E trata-se, sem dúvida, de uma forma inusitada e criativa de atrair compradores e vendedores de direitos autorais para as margens do Golfo Pérsico.