Um jovem casal leva sua filha, uma criança chamada Maja, para um passeio no farol do arquipélago sueco Domarö, onde passaram parte importante de sua vida. Contudo, o momento de comunhão transforma-se em um pesadelo quando a criança desaparece misteriosamente. A narrativa, então, toma um salto de dois anos. Separado de Cecilia, Anders é agora um homem entregue à bebida e à apatia. Desolado, retorna à ilha e logo começa a investigar o que de fato aconteceu à filha, descobrindo antecedentes de acontecimentos estranhos no lugar. O elo comum parece ser o mar, cuja aparente calmaria guarda, sob suas profundezas, forças desconhecidas. Em A maldição de Domarö (Tordesilhas, 496 pp., R$ 49,90 – Trad.: Renato Marques), o autor John Ajvide Lindqvist expõe personagens marcados pelo peso dilacerante da culpa e de segredos há tempos guardados sob o jugo do medo.