A Associação dos Editores dos Estados Unidos (AAP) lançou essa semana dois relatórios que confirmam duas tendências do mercado editorial americano. Primeiro, a possível estagnação das vendas dos e-books. A ausência de megasellers como Cinquenta Tons e Jogos Vorazes foi unanimemente apontada como principal causa para a desaceleração das vendas. A segunda tendência é um aumento das exportações dos livros americanos no mercado internacional.
O Relatório de Vendas de Exportação da AAP, lançado ontem, mostra que as vendas de livros do varejo americano no mercado internacional aumentaram entre 2011 e 2012, com destaque para a Ásia e Alemanha como grandes compradores – a primeira como consumidora de livros de negócios, finanças e tecnologias e literatura para Jovens Adultos, a última como grande compradora de e-books.
Segundo o relatório, a receita líquida de vendas de editoras americanas para mercados fora dos EUA aumentou 7,2% em 2012 em relação a 2011. O que chama mais atenção foi a receita líquida de vendas de e-books das editoras do tio Sam mundo afora: o aumento foi de mais de 63% em 2012 em relação ao ano anterior (as de livros impressos aumentaram 1,3% no mesmo período).
De um modo geral, os países que mais renderam para as editoras americanas são aqueles de língua inglesa, como Reino Unido, Irlanda e Austrália (mas também Alemanha, Coreia do Sul, Filipinas e Cingapura). Porém, os países que mais incrementaram as receitas das editoras americanas com vendas de e-books foram: Alemanha (que mais gerou receita para editoras americanas), Espanha, Itália, África do Sul, Brasil e Nova Zelândia.
O relatório destacou títulos dos segmentos infantojuvenil e Jovens Adultos; este último cresceu em todos os mercados, particularmente na Ásia. O Brasil é citado novamente como destaque no aumento de vendas no comércio online em 2012, junto com Itália, Espanha, Japão, China e Alemanha.