A banalização das artes e da literatura, o triunfo do jornalismo sensacionalista e a frivolidade da política parecem ser características da sociedade contemporânea. A ideia de converter em bem supremo a natural propensão humana para o divertimento é o tema central do novo ensaio de Mario Vargas Llosa, A civilização do espetáculo (Objetiva, 208 pp., R$ 34,90 - Trad. Ivone Benedetti). O escritor diz que no passado a cultura era uma espécie de consciência que impedia que virássemos as costas para a realidade. Hoje, lamenta Llosa, a cultura atua como mero mecanismo de distração e entretenimento, e a figura do intelectual que estruturou todo o século XX desapareceu do debate público.






