O futuro incerto da Barnes & Noble: parte II
PublishNews, Iona Teixeira Stevens, 05/03/2013
Divergências na diretoria e resultados negativos afetam empresa

Ter o mercado inteiro especulando sobre os resultados da divisão Nook Media não foi o único problema enfrentado pela gigante de pernas bambas Barnes & Noble na semana passada. Para completar o abacaxi, o chairman Leonard S. Riggio afirmou que quer comprar toda a rede de lojas físicas da B&N – são 689 livrarias – separando o varejo do braço digital da B&N. Leonard Riggio foi um dos responsáveis em transformar a Barnes & Noble na enorme rede de livrarias que é hoje em dia, mas os planos de comprar de toda a rede de lojas mostra apenas, por enquanto, que há grandes divergências na direção da B&N.

Para completar, na quinta-feira o grupo apresentou os resultados da empresa para o último trimestre de 2012 – que contabiliza as vendas de Natal – e mostrou o que todos suspeitavam: o e-reader da B&N, que era hit em 2009 com 27% do mercado de e-readers, não vingou. A receita do Nook, incluindo e-books e aparelhos, caiu 25,9% e rendeu U$ 316 milhões. A empresa como um todo teve um prejuízo líquido de US$ 6,1 milhões no último trimestre de 2012, enquanto no mesmo período em 2011 havia apresentado lucro de US$ 52 milhões. As vendas de conteúdo digital aumentaram 7%, mas as do aparelho Nook despencaram, causando prejuízo. Apesar dos resultados, o CEO William Lynch reafirmou o compromisso da B&N com os aparelhos Nook. Agora é hora de Eike Batista entrar na jogada.

[05/03/2013 00:00:00]