O escritor, filósofo e ensaísta Miguel de Unamuno questiona no livro Névoa (Estação Liberdade, 256 pp., R$ 41 – Trad. Fabiano Calixto) a finitude da vida e pinta um retrato da luta entre o homem e seu destino. O livro representa mais uma incursão das letras espanholas no terreno do Cervantes de Dom Quixote (1605) e do Calderón de la Barca de A vida é sonho (1636), dissolvendo a fronteira entre realidade e ficção. Na trama, Dom Augusto Pérez acredita viver em um mundo indefinido e nebuloso após a morte de sua mãe, até que um doce par de olhos femininos cruza seu caminho. Tem início, então, a perseguição da mulher ideal.