O canal de vendas de livros porta a porta perdeu R$ 100 milhões em faturamento de um ano para outro. As vendas realizadas pelo segmento caíram de R$ 271 milhões em 2010 para R$ 171,43 milhões, revertendo o ganho de participação que o setor conseguiu nos últimos anos. Em 2011, ele manteve-se como o terceiro canal de vendas mais importante (atrás de livrarias e distribuidores), mas viu sua fatia cair de 8,1% em 2010 para 4,97% em 2011 – menos do que os 5,43% que ele tinha em 2006.
A venda de livros pela internet e a venda em empresas também tiveram fortes queda: a primeira caiu de R$ 58,26 milhões em 2010 para R$ 14,09 milhões em 2011; a segunda saiu de R$ 44,53 milhões para R$ 19,66 milhões no período. Esses dois segmentos, que eram o quinto e sexto mais representativos, agora são o nono e oitavo, respectivamente.
A forte queda do setor porta a porta já vinha sendo comentada especialmente por editores de livros religiosos, que a atribuem à retração das operações na Avon no último ano, devido a dificuldades na logística e na implementação de sistemas de informação enfrentadas no ano passado pela companhia que impactaram seus negócios como um todo. Até o fechamento desta edição, não houve tempo hábil para Avon e a Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) responderem à reportagem. A ABDL deve divulgar sua pesquisa setorial em agosto – a Avon não faz parte da entidade.
Os destaques mais positivos ficam com as vendas em igrejas e templos, que saltaram de R$ 18,08 milhões para R$ 60,02 milhões. Supermercados e bancas de jornais também subiram: o primeiro segmento mais que dobrou, representando R$ 51,4 milhões em vendas em 2011; o segundo quase triplicou, chegando a R$ 24,5 milhões. Os três segmentos são agora o quinto, sexto e sétimo mais relevantes na cadeia do livro.
