Esta semana, Publifolha e Leya anunciaram a criação de novos selos. Em breve, a Globo Livros também divulgará suas cinco novas marcas. E, hoje, foi a vez de a Companhia das Letras anunciar quatro novos selos. Um deles marcará a estreia da editora paulista no segmento de negócios, em 2013, e dois deles vão substituir o Cia. das Letras, voltado ao público infantojuvenil.
Paralela é o nome do primeiro selo que alcançará os leitores. Com viés mais comercial, passa a publicar a partir de abril dois títulos por mês com tiragens superiores às praticadas pela Companhia atualmente, segundo informações da editora. Um dos lançamentos será Scarpetta, novo romance policial de Patricia Cornwell, autora que já vendeu mais 100 milhões de exemplares em todo o mundo.
Em setembro, chegam às livrarias os selos Seguinte e Boa Companhia, ambos voltados ao segmento jovem. As duas novas marcas substituirão o Cia. das Letras. A Seguinte abarcará os livros de ficção mais voltados ao entretenimento e publicará 12 títulos por ano, enquanto o Boa Companhia lançará seis antologias por ano, a partir do catálogo de clássicos da literatura brasileira – a editora promete preços acessíveis.
Em março de 2013, a Companhia das Letras lança o Portfolio Penguin, fundado nos EUA em 2001 e voltado para a área de negócios, economia, gestão empresarial e marketing. Serão dez títulos por ano. Três já estão certos: Todos os negócios são locais, de John A. Quelch e Katherine E. Jocz, A vida é uma cordilheira, da empreendedora Ping Fu, e A guerra das moedas, de James Rickards.
Todos os livros dos novos selos serão publicados simultaneamente em e-book, como já acontece com os outros lançamentos da casa.
De acordo com a Companhia das Letras, o mercado editorial internacional passa por um processo de diversificação e de segmentação devido à digitalização dos livros e às mudanças nos hábitos de leitura. No Brasil, o mercado de livros é marcado atualmente por um crescimento acentuado, com aberturas de novas livrarias e do aumento do número de feiras e eventos literários.
O publisher dos novos selos da Companhia, Matinas Suzuki Jr., afirma que a ideia é expandir a editora “como uma espécie de ‘federação’ de selos pequenos, que trabalham com gestão e orçamento próprio”.
“Com selos pequenos, poderemos trabalhar próximos aos autores e cuidar detalhadamente de cada processo do livro, desde a contratação e edição até o trabalho de divulgação e das vendas. Como as equipes são pequenas e a estrutura de custos fixos desses selos é muito enxuta, todos precisarão se envolver em todas as decisões importantes”, complementa Suzuki.