Revista serrote #9 chega às livrarias
PublishNews, Redação, 09/11/2011
Publicação traz texto do escritor Bernardo Carvalho e ensaio da argentina Sylvia Molloy, entre outros

A nona edição da serrote (IMS, 240 pp., R$ 32,50), revista de ensaios do Instituto Moreira Salles (IMS), será lançada neste mês em São Paulo e no Rio de Janeiro. Começando pela capital carioca, nesta quarta-feira, 9, o lançamento será no IMS-RJ (Rua Marques de São Vicente, 476 – Gávea), já no dia 21 de novembro é a vez do IMS-SP (Rua Piauí, 844 – 1º andar – Higienópolis. São Paulo) promover o evento. Ambos começam às 20h e contarão com a participação da atriz Regina Braga, que fará a leitura de um ensaio pessoal da argentina Sylvia Molloy. A nova edição traz a relação dos nomes dos vencedores do Prêmio de Ensaísmo Serrote, lançado em março deste ano.

A nona edição da serrote publica a aula que a americana Cynthia Ozick dá sobre o gênero em “Retrato do ensaio como corpo de mulher”. Entre outros grandes ensaístas, Cynthia cita o inglês William Hazlitt (1778-1830), autor do texto “Sobre o prazer de odiar”, também publicado nesta serrote. É a primeira vez que o texto de 1826 é traduzido para o português. Hazlitt defende que, sem algo para odiar, o ser humano perderia o ímpeto e a vida se tornaria uma poça estagnada. Desenhos de Jean-Jacques Lequeu (1757-1826), publicados entre 1777 e 1824, acompanham o texto de Hazlitt.

O escritor brasileiro Bernardo Carvalho faz um relato exclusivo sobre o ateliê interdisciplinar proposto por Olafur Eliasson em Berlim, onde o artista dinamarquês discute o mundo sob uma óptica benevolente e comunitária. Foram publicadas, junto com o texto, imagens das famosas bicicletas com rodas de espelho criadas por Eliasson e distribuídas por Berlim (e por São Paulo em outubro deste ano).

O crítico alemão Boris Groys lê com originalidade pontos decisivos da arte contemporânea. Para ele, “a atividade artística é agora algo que o artista compartilha com o público no nível mais comum da experiência cotidiana. A escritora e jornalista Carla Rodrigues ainda escreve sobre a dificuldade em nomear com segurança o capitalismo que vivemos, o que diz muito sobre uma época que finge não saber do mal que sofre. Recortes da obra Money Is No Object – 12 longos papiros que reúnem notas e recibos das despesas de 2010 do artista David Shapiro – acompanham o texto.
[09/11/2011 01:00:00]