Nesta quinta-feira (17), o indiano Nayan Chanda discute "globalização" no Instituto de Estudos Brasileiros (Av. Prof. Mello Morais, travessa 8, 140 - Cidade Universitária - São Paulo/SP. Tel.: 11 3091-1149) e, em seguida, lança seu livro, Sem fronteira - Os comerciantes, pregadores, aventureiros e soldados que moldaram a globalização (Record, 532 pp., R$ 62,90 - Trad. Alexandre Martins). Chanda, além de escritor, é jornalista e diretor de publicações do Centro para Estudo da Globalização da Universidade de Yale (EUA) desde 2001. Participam do debate os professores Alexandre de Freitas Barbosa, do Instituto de Estudos Brasileiros, e Álvaro Augusto Comin, da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas. O debate está marcado para às 15h e o lançamento do livro para às 18h.
A história do livro começa na África, há cerca de 50 mil anos. Por sobrevivência, os primeiros aventureiros avançaram, domando locais inóspitos. A busca por lucro, a vontade de conquistar fiéis, de explorar novas terras começou a milhares de anos. E agora recebe o nome de globalização. Sem fronteira ilumina os degraus dessa conquista global. E mostra que apesar de alguns percalços, é o destino natural da humanidade.
Chanda traça uma linha do tempo da globalização desde suas origens remotas, realçando seus principais atores e forças motrizes. Os mercadores foram substituídos pelas multinacionais; os missionários se tornaram ONGs; os aventureiros respondem pelo nome de turistas. Mas juntos continuam um processo de integração que começou há milhares de anos. Não uma conspiração do mundo ocidental, levada a cabo pelo FMI e pelas corporações, mas um dos instintos mais antigos do ser humano, a vontade de se integrar. De se espalhar. Tão natural quanto respirar.