ANL apresenta candidato à sucessão e faz homenagem aos “amigos dos livreiros”
PublishNews, Maria Fernanda Rodrigues, 03/12/2010
Ednilson Xavier deve dar continuidade ao trabalho de Vitor Tavares

Em clima de despedida, Vitor Tavares, presidente da Associação Nacional de Livrarias até março de 2011, fez ontem à noite, durante o jantar de confraternização da ANL, um balanço das conquistas da entidade nos últimos quatro anos - o até então inédito Edital Procultura para Programação Cultural de Livrarias, voltado para pequenas e médias empresas, e o Diagnóstico do Setor Livreiro foram algumas delas-; apresentou Ednilson Xavier Gomes, da Cortez, como candidato a ser seu sucessor; homenageou José Xavier Cortez por sua “editora amiga do livreiro”, a Empório do Livro, através de Marta Blanco, como “distribuidora amiga da livreiro” e, por fim, a gaúcha Livraria do Maneco como a “Livraria do Ano”.

Vitor Tavares destacou o papel das pequenas e médias livrarias na democratização da leitura e do acesso ao livro e comentou sobre a sintonia da entidade que lidera com as outras que também defendem o livro. Rosely Boschini, da Câmara Brasileira do Livro (CBL); Luís Antônio Torelli, da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL); e José Castilho, secretário executivo do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL), que assim como Vitor também se despedindo de suas funções, participaram do jantar e festejaram a parceria entre as três associações na busca por um maior espaço para o livro.

“Temos que reconquistar nosso espaço na política brasileira com a criação de uma secretaria e com a institucionalização do PNLL”, disse Castilho. Ele comentou que em 2006 os investimentos governamentais em bibliotecas foram da ordem de R$ 6 milhões e que 2010 deve fechar em R$ 110 milhões. Um avanço e tanto, mas, como disse o secretário, a luta não pode parar por aí. “A expansão do setor será na proporção e na medida em que aumentarem os leitores. E o PNLL é o caminho para isso.”

Rosely Boschini reconhece o avanço do setor, mas disse que espera o dia em que o livro terá “status de secretaria”. “Ainda estamos no canto da sala e só vamos sossegar quando houver o Instituto Nacional do Livro e da Leitura”, comentou a presidente da CBL.

Torelli, da ABDL, lembrou que no passado era vã qualquer tentativa de ir a Brasília para conversar sobre questões relacionadas ao livro. Agora, todos são convidados a participar das discussões.

E por falar em Brasília, Vitor planeja uma ida à capital federal em meados de janeiro para entregar à presidente Dilma e seu futuro ministro da Cultura uma carta, que pode ser lida aqui.
[03/12/2010 01:00:00]