Jorge Coli lança O corpo da liberdade (Cosac Naify, 392 pp., R$ 72), série de ensaios em que o crítico e professor da Universidade de Campinas revisita com originalidade as obras de mestres como Goya, David, Ingres, Manet, Courbet e pintores brasileiros como Pedro Américo e Almeida Jr. O lançamento será nesta sexta-feira (19), às 19h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional/Loja de Artes (Av. Paulista, 2.073 – Bela Vista – São Paulo/SP). São 25 anos de produção de um dos bons críticos brasileiros reunidos neste livro que traz ainda um caderno ilustrado.
Mais do que de uma “palavra empenhada”, os textos de Jorge Coli são feitos de “uma palavra fascinada”. Sua prosa, tantas vezes poética, não abdica do interesse genuíno por seu objeto de reflexão – as obras de arte – para seguir os ditames de um discurso acadêmico. Ao contrário, o que interessa a ele são justamente as dobras, os desvios, os descaminhos que entrelaçam reflexão e imaginação, consciência e devaneio, que aparecem no momento em que esses objetos de arte se tornam sujeitos.
O corpo da liberdade é o 31º volume da coleção Ensaios e traz, já em seu título, dois dos temas que perpassam toda a escrita do autor: a liberdade da e na arte, sua capacidade de criar e revelar mundos, imaginários ou reais, e a particularidade de sua existência, seu corpo. Dos 14 ensaios aqui reunidos, alguns nasceram de encomendas para seminários e simpósios, outros surgiram de determinada exposição ou catálogo.