Um história real de erros e horror
PublishNews, Redação, 30/07/2010
Geração lança livro sobre a história do comissário colombiano preso injustamente em uma operação da Polícia Federal

Jak Mohamed Harb, comissário de bordo colombiano, é preso num hotel de São Paulo no momento em que entregava, a pedido de uma colega de trabalho, uma encomenda para um suposto amigo dela. O pacote continha dólares e o tal amigo era um traficante. Foi preso junto com outro colega também comissário de bordo, Gilberto, numa das espetaculares e midiáticas ações da Polícia Federal, com acompanhamento de jornalistas principalmente da televisão. Voo para a escuridão (Geração Editorial, 240 pp., R$ 34,90), de Marcelo Simões, conta a dramática história de um personagem injustiçado, a falência do sistema carcerário paulista e o amplo domínio de uma facção criminosa, o PCC, dentro dos presídios. Nestor, a pessoa para quem Jak devia entregar a encomenda, era nada menos que o colombiano Nestor Alonso Castañeda Arevelo, seguido há sete meses pelos federais. Jak tinha uma explicação para a confusão, mas a polícia não quis ouvir. Aí começa o drama. A primeira passagem de Jak pelo inferno foi na Penitenciária de Guarulhos II, de onde foi transferido para um presídio na cidade de Itaí, no interior paulista, onde ficou um ano preso, de julho de 2008 a agosto de 2009. Foi libertado após 400 dias no cárcere, sem culpa.

[30/07/2010 00:00:00]