A caça-talentos da literatura portuguesa
PublishNews, Redação, 16/07/2010
Maria do Rosário Pedreira descobriu José Luís Peixoto, João Tordo e Valter Hugo mãe. Acaba de lançar um novo autor
Neste momento, Maria do Rosário Pedreira tem 50 manuscritos de autores desconhecidos à espera dela. Pode ser que entre eles esteja o próximo grande talento da literatura portuguesa. A fiarmo-nos na matemática, o mais provável é que não. Por cada 100 livros que lhe chegam às mãos, há em média um publicável. Ao contrário da maior parte dos editores portugueses, passa os olhos por tudo o que lhe é enviado. Amostra que lê antes de rejeitar um livro: entre 25 e 30 páginas. Tempo que leva a perceber se "a coisa vale a pena": meia manhã. No final de 2009, Maria do Rosário Pedreira, 50 anos, protagonizou um inesperado episódio no meio editorial português ao mudar-se da pequena Quid Novi para o gigante Leya. O desafio, justificou na altura, era irrecusável: ficaria responsável pela descoberta e edição de novos talentos, numa posição transversal a todas as chancelas do grupo. O primeiro rebento dessa função chegou o mês passado: A vida verdadeira, de Vasco Luís Curado. E foi sob esse pretexto que recebeu o i em sua casa. "Lançar um autor novo é muito delicado", explica. "O livro deve sair entre fevereiro e junho. No último trimestre saem sempre os dos craques." As lições sobre edição hão-de multiplicar-se ao longo da conversa (sabia que, por muito bom que seja e regra geral, um autor não dá dinheiro à editora antes do terceiro livro?). Tal como um olheiro procura numa jovem esperança do futebol jeito e velocidade, Rosário Pedreira quer encontrar qualidade e diferença. "Interessam-me autores que possam passar a prova do tempo", explica. Para ler a matéria completa de Joana Stichini Vilela publicada no dia 15/7 pelo ionline, clique aqui.
[16/07/2010 00:00:00]