Com ideias originais e inovadoras, o psiquiatra Sergio Perazzo subverte os conceitos já consagrados do psicodrama e os renova. O resultado dessa “costura” de teoria e prática é um rico mosaico do psicodrama brasileiro contemporâneo. A leitura de Psicodrama – O forro e o avesso (Ágora, 400 pp., R$ 73,90) permite que o psicodramatista se atualize, sistematize sua prática e entre em contato com um novo olhar sobre o pensamento moreniano e pós-moreniano. Cada ponto, dado com cuidado, consolida sua experiência e divide com o leitor um conhecimento advindo de décadas de trabalho. O livro, dividido em duas partes, disseca a prática à luz de uma teoria da técnica, até aqui quase inexistente, acrescida do compartilhamento do autor em face dos obstáculos e dificuldades do trabalho cotidiano. Perazzo não poupa os excessos acadêmicos que congelam a criatividade do bem fazer o psicodrama. Segundo ele, o objetivo da obra é dar ao conjunto de técnicas psicodramáticas um tom coloquial de compartilhamento e não apenas teorizar.