O protagonista do novo romance juvenil de Menalton Braff desobedece à lógica dos conflitos retratados na literatura para jovens. Quem quiser ler a história de um menino obediente, ingênuo, bem comportado e coerente não o encontrará nas páginas de Copo vazio (FTD, 176 pp., R$ 26,80), que será lançado na próxima segunda-feira (7), às 18h30, na Livraria Martins Fontes Paulista (Av. Paulista, 509 – São Paulo/SP – Tel: 11- 2167-9900).
A obra conta a história de Júlio, um adolescente filho de pais separados que se divide no papel zeloso de cuidar da mãe alcoólatra e no de viver as descobertas que as relações da juventude lhe trazem. Algumas perigosas como ajudar o melhor amigo que está ligado às drogas. Este é seu quinto livro voltado para o público infanto-juvenil e décimo quarto da carreira. Em 2000, Braff foi agraciado com o prêmio Jabuti por À sombra do cipreste (Palavra Mágica).
Para traçar os momentos do texto que traz uma narrativa movimentada, atual e de linguagem dinâmica, Braff resgatou experiências de sua vida como professor. “A história de Júlio começou numa sala de aula, com um aluno que se julgava agredido pelo mundo; então, como defesa, agredia primeiro. Muitas vezes conversei com o Júlio. Acho que até posso dizer com os Júlios”, revela.
Sobre o autor
Menalton Braff é professor, contista e romancista e nasceu em Taquara, Rio Grande do Sul. Em São Paulo, cursou Letras na Universidade São Judas Tadeu, onde iniciou carreira de professor assistente de Literatura Brasileira. Enquanto terminava a pós-graduação, lançou seu primeiro romance. Adotou o pseudônimo de Salvador dos Passos, que abandonou para a publicação de À sombra do cipreste, livro com que ganhou o Prêmio Jabuti no ano de 2000, eleito o Livro do Ano na categoria ficção.
