Sergio Britto lança biografia
PublishNews, Redação, 25/05/2010
Livro sai pela Tinta Negra e terá duas sessões de autógrafos: no Rio, amanhã (26), e em São Paulo na próxima segunda (31)

Uma das figuras centrais na história da dramaturgia brasileira, Sergio Britto comemora 65 anos de carreira em 2010. Para marcar a data, a Tinta Negra lança O teatro & eu (416 pp., R$ 65) nesta quarta-feira (26), às 19h30, na Livraria da Travessa (Rua Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema – Rio de Janeiro/RJ) e na próxima segunda (31), às 19, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073. São Paulo/SP). No livro, o dramaturgo de 86 anos passa em revista os fatos de sua vida pessoal e profissional que foram decisivos para sua construção como artista e os episódios que marcaram a história da arte dramática brasileira moderna e contemporânea. O livro conta ainda com depoimentos de amigos e admiradores de Britto, como os atores Ítalo Rossi, Manoel Carlos, Beth Goulart, Wagner Moura e outros.

Dotado de memória prodigiosa, o ator resgata a sua estreia nos palcos, quando ainda cursava a faculdade de medicina. Narra a criação e os bastidores dos grupos e espaços teatrais mais importantes do país — como o Teatro Universitário, Teatro de Arena, Teatro dos Doze, Teatro Maria Della Costa, Teatro dos Sete, Teatro Senac, Teatro dos Quatro, Teatro Delfim, além dos teatros do CCBB.

Relembra os tempos de teleteatro e a posterior experiência como ator e diretor de novelas e revela segredos de coxia. Traz à tona os principais desafios que atravessaram sua carreira, como os problemas de audição e com a voz, os entreveros com a ditadura militar e os obstáculos financeiros impostos por situações como o corte de verbas do governo Collor. Sergio Britto descreve, em detalhes, episódios íntimos de sua vida como a tentativa de suicídio na juventude, a descoberta da sexualidade e a relação com a mãe.

Nas páginas de O teatro & eu habitam personagens reais sob ângulos inusitados. Um Vinicius de Moraes que, ainda reconhecido mais como diplomata do que como poeta, desencoraja Britto a escrever versos e o incentiva a investir na sétima arte. Um Jô Soares adolescente — “apenas gordinho” —, frequentador de uma churrascaria na rua Siqueira Campos. Um Paulo Francis incompreendido. Um Joãozinho Trinta que trabalha como contrarregra do Theatro Municipal. Ao rememorar sua trajetória, Britto também aborda o impacto da convivência com estrelas de diferentes gerações, de Dulcina de Moraes a Regina Casé.
[25/05/2010 00:00:00]