O Santuário dos Redentores é uma mistura de prisão, monastério e campo de treinamento militar. É para lá que muitos meninos foram levados ainda muito novos e contra a sua vontade. Lá eles são submetidos a uma preparação para lutar contra hereges que vivem nas redondezas. Este é o mote da estreia de Paul Hoffman no romance aventura A mão esquerda de Deus (Suma de Letras, 328 pp., R$ 39,90 – Trad. Fabiano Morais), que busca resgatar a atmosfera de clássicos como O nome de rosa, de Umberto Eco e O senhor dos anéis, de Tolkien, com elementos de história medieval. Conforme o autor, o livro não foi pensado exatamente para atingir o público jovem. “Minha ideia era desenvolver uma trama onde eu pudesse reviver e reinventar aspectos da minha infância. Queria ter a liberdade para amplificar as minhas sensações sobre esse período 40 anos depois de tê-lo vivido e foi bem divertido”.