O amor proibido entre o vampiro Edward e a humana Bella fascinou milhões de leitores mundo afora na série Crepúsculo, de Stephanie Meyer. Agora a história ganha um novo olhar em A cruz e o crepúsculo (Thomas Nelson Brasil, 164 pp., R$ 24,90), livro da professora de teologia da Universidade Wheaton, em Illinois (EUA), Beth Felker Jones.
A autora acredita que os temas universais tratados nos livros da série foram responsáveis pelo sucesso de vendas. “Os livros tratam de romance, de encontrar, perder e manter o amor, e também falam de sexo e desejo. Escrevi este livro por ser apaixonada pela forma como tais assuntos têm importância em nossas vidas. Ofereço algumas perguntas, ferramentas e ideias para ajudar o meu leitor a ponderar, sob a ótica bíblica, todas estas questões”, defende.
Para Beth, os títulos de Meyer são todos ligados à luz. “Crepúsculo é o período entre a escuridão e a luz, o fim do dia, quando a luz está indo embora. A Lua Nova fornece uma réstia de luz na escuridão. Um Eclipse bloqueia a luz, impedindo-a de nos alcançar, mas o Amanhecer implica a chegada da esperança e a possibilidade de revelação. A escuridão ameaça, mas a luz sempre a atravessa”, ela diz. A autora alerta que não se trata de perceber o livro de Meyer como uma obra moralista.
“Já ouvi muitas sugestões de que os cristãos deveriam aceitar a série porque o universo sobre o qual ela descreve é moralista e que, talvez, os cristãos consigam enxergar sua própria moralidade ali. Mas fico em dúvida em relação a tais sugestões. Acredito que nós, cristãos, podemos achar vários exemplos aproveitáveis em histórias que não são cristãs, mas fico indecisa com o modo com que os temas da moralidade e da bondade funcionam na saga Crepúsculo”, observa.