Fazendo a vida com a morte
PublishNews, Redação, 24/02/2010
Em A loja dos suicidas, leitor descobre o humor do francês Jean Teulé
Um mundo onde o trágico se torna cômico, onde a realidade ganha uma versão ampliada e caricata e onde se pode descobrir formas criativas de por fim à própria vida sem precisarmos esperar pelo imperativo do tempo, da doença ou da fatalidade. É para este mundo que o leitor se transporta na leitura de A loja dos suicidas (Ediouro, 144 pp., R$ 27,90), de Jean Teulé. A ficção gira em torno da família Tuvache, dona há séculos de uma bem-sucedida loja de artigos e métodos de suicídio e que, apesar dos lucros e perspectivas do negócio, propugna de geração em geração o desejo de se juntar aos clientes no uso derradeiro dos produtos que vende. Mas, o que parece tão somente uma forma esperta de marketing acaba tornando-se um conflito no seio familiar quando um dos Tuvache – o caçula, logicamente fruto de uma gestação indesejada – descobre o sentido da vida e agarra-se a ela com unhas e dentes.
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