Saber midiático
PublishNews, Redação, 28/01/2010
Livro analisa os rumos das mídias e sua relação com diferentes linguagens

Pensar na história das mídias a partir de seus processos e de suas implicações no mundo atual. Esse é o objetivo de Mídias - multiplicação e convergências (Senac São Paulo, 736 pp., R$ 85). Organizado pelos especialistas Elaine Caramella, Fábio Sadao Nakagawa, Daniela Kutschat e Fernando Fogliano, o livro apresenta textos inéditos de professores, pesquisadores, artistas, curadores, arquitetos e urbanistas e propõe uma reflexão sobre os conceitos dos meios de comunicação, sua importância e seu diálogo com diversas áreas do conhecimento. Divididos em quatro temáticas, os artigos abordam aspectos teóricos e práticos dos processos midiáticos, apresentando as mudanças ocorridas nas últimas décadas, entre elas a expansão e interconexão dos meios tecnológicos. Para selecionar os ensaios, foi montado um comitê, do qual faziam parte os coordenadores dos quatro campos de pesquisa desenvolvidos: meios-mídia e mediação; arte-mídia e design; espaço e cidade-mídia; apropriações, entretenimento e tradições.

A obra nasceu dos questionamentos de um grupo de pesquisa do Curso de Design do Centro Universitário Senac e do I Congresso Internacional de Mídias: Multiplicação e Convergências, realizado na mesma instituição. Entre as inquietações levantadas, estão pontuações sobre a relação de semelhança e diferença entre meio, suporte, mediação e mídia; a relação entre a história das mídias e a história da comunicação; e como a história das mídias se conecta com os meios, a arte, a literatura e demais canais expressivos.

Conforme os organizadores, essas discussões passam também pelo debate sobre os próprios conceitos de comunicação e dos códigos que dela fazem parte. Por isso, o livro aborda as origens desses termos e debate suas transformações ao longo do tempo. “Hoje podemos ver a superação do caráter descontínuo e fragmentário do conhecimento e a inauguração da transdisciplinaridade entre as artes e as ciências, substituindo-se a explicação pela interpretação. As manifestações culturais abrem-se para configurações dialógicas, num processo contínuo de multiplicação, migração e hibridação de meios, códigos e linguagens”, afirmam eles.
[28/01/2010 01:00:00]