Marcos Vilaça será empossado nesta quinta-feira
PublishNews, Redação, 17/12/2009
Eleito por unanimidade no dia 10 de dezembro, Vilaça será o 43º presidente da ABL

O acadêmico Marcos Vinícios Vilaça, 70 anos, pernambucano de Nazaré da Mata, assume nesta quinta-feira, dia 16, às 17h, a presidência da Academia Brasileira de Letras (ABL) para o ano de 2010. A solenidade acontece no Salão Nobre do Petit Trianon (Avenida Presidente Wilson, 203 – Castelo. Rio de Janeiro/RJ). Eleito no dia 10 de dezembro pela unanimidade dos membros da Academia, o novo presidente assume juntamente com os membros da nova diretoria, que substitui a atual, presidida pelo acadêmico Cícero Sandroni. Além de Vilaça, a diretoria ficou constituída por Ana Maria Machado (Secretária-geral), Domício Proença Filho (Primeiro-secretário), Luiz Paulo Horta (Segundo-secretário) e Murilo Melo Filho (Tesoureiro).

Conheça o perfil dos acadêmicos eleitos

Marcos Vilaça (Presidente) - O advogado, escritor, ensaísta e professor Marcos Vinicios Vilaça ocupa, desde 1985, a Cadeira nº 26 da ABL, na sucessão de Mauro Mota, tendo presidido a Academia no biênio 2006/2007. Pernambucano, Vilaça nasceu em Nazaré da Mata, em 1939. Em junho último, tendo completado 70 anos de idade, aposentou-se do Tribunal de Contas da União (TCU), após 50 anos ininterruptos de vida pública. Filho único de Antonio de Souza Vilaça e Evalda Rodrigues Vilaça, é casado com Maria do Carmo Duarte Vilaça com quem tem três filhos: Marcantônio (falecido em 2000 ), Rodrigo Otaviano e Taciana Cecília.

Ana Maria Machado (Secretária-Geral) - Sexta ocupante da Cadeira nº 1, eleita em 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva, Ana Maria Machado foi professora da UFRJ e da PUC-RJ. No final de 1969, depois de ser presa pelo governo militar, deixou o Brasil e, no exílio, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e no Serviço Brasileiro da BBC de Londres. Na École Pratique des Hautes teve como mestre Roland Barthes e sob a sua orientação terminou tese de doutorado em Linguística e Semiologia. Como jornalista, trabalhou em diversos jornais e revistas brasileiros e chefiou o jornalismo do Sistema Jornal do Brasil de Rádio. Abandonou o jornalismo em 1980, para dedicar-se aos livros. Em 1993, tornou-se hors concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Publicou mais de 100 livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países.

Domício Proença Filho (Primeiro-Secretário) - Domício Proença Filho é professor emérito e titular de Literatura Brasileira da Universidade Federal Fluminense, lecionou Língua Portuguesa em inúmeros estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior, entre eles a UFRJ e PUC-Rio. Foi Professor Titular Convidado (Gastprofessor) na Universidade de Colônia e na Escola Técnica de Altos Estudos de Aachen, na Alemanha. Idealizou e produziu para a Rádio MEC a série “Nos caminhos da comunicação”, com 100 programas centrados no nosso idioma. Foi diretor de textos da Enciclopédia Século XX. Crítico, poeta, ficcionista, antologista e promotor cultural, escreveu mais de 50 livros, entre eles Por dentro das palavras da nossa Língua Portuguesa e Capitu, memórias póstumas, ambos publicados pela Record.

Luiz Paulo Horta (Segundo-Secretário) - Sétimo ocupante da cadeira 23, eleito em 2008 na sucessão de Zélia Gattai. Luiz Paulo Horta é repórter, redator, editorialista e crítico de música. Trabalhou nos jornais Correio da Manhã e Jornal do Brasil e desde 1990, trabalha para O Globo. Em 1986, fundou e dirigiu a seção de música do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Pertence à Academia Brasileira de Música e à Academia Brasileira de Arte. Em 2000 recebeu o Prêmio Padre Ávila de Ética no Jornalismo, concedido pela PUC-RJ. Entre seus livros, destacamos o Dicionário de música Zahar, Sete noites com os clássicos, Villa-Lobos, uma introdução, e organizou, em conjunto com Luiz Paulo Sampaio, a edição brasileira do Dicionário Groove de Música.

Murilo Melo Filho (Tesoureiro) - Sexto ocupante da Cadeira nº 20, eleito em 1999, na sucessão de Aurélio de Lyra Tavares. Murilo Melo Filho começou a trabalhar no Diário de Natal, no Rio Grande do Norte, aos 12 anos, como comentarista esportivo. A partir daí, não parou mais e vários foram os jornais onde colaborou, como A Ordem e A República, além das rádios Educadora de Natal e Poti. Mudou para o Rio de Janeiro e, na Manchete, criou a seção “Posto de Escuta”, na qual escreveu durante 40 anos. Durante sete anos dirigiu e apresentou, na TV-Rio, o programa político “Congresso em Revista”. Entre 1960 e 1965, foi para Brasília, quando realizou centenas de reportagens e construiu a sede de Bloch Editores e da Manchete. A convite de Darcy Ribeiro foi professor de Técnica de Jornalismo na Universidade de Brasília. Sempre em missões jornalísticas, acompanhou diversos presidentes ao exterior. Cobriu a Guerra do Vietnã, em 1967, e foi o primeiro jornalista brasileiro na Guerra do Camboja, em 1973.
[17/12/2009 01:00:00]