Em 33 edições da Feira do Livro de Porto Alegre, apenas em uma ocasião José Júlio La Porta não tocou sua sineta, gesto que anuncia diária e oficialmente a abertura e o encerramento do atendimento nas bancas. Foi quando se ausentou para receber um prêmio, justamente em razão de seu trabalho. Para relembrar como tudo começou, o homem conhecido como o Xerife da Feira retorna ao ano de 1976, quando o então presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), Maurício Rosenblatt, iniciou uma série de visitas ao interior do estado. Em uma destas ocasiões, Rosenblatt estava em uma estação de trem e deparou com um homem tocando o sino para passar informações ao público. Chegando a Porto Alegre, o presidente da CRL relatou o fato aos colegas de diretoria, dizendo que gostaria de ver La Porta utilizando esse “instrumento” na Feira do Livro. A partir daí, o sino nunca mais parou de tocar, o que fez do Xerife uma das mais tradicionais e folclóricas figuras da Feira.