Entre março e abril de 1931, algumas poucas edições de um pequeno tabloide de seis páginas provocaram grandes repercussões na maior cidade brasileira. Em São Paulo, o antropófago Oswald de Andrade e a jovem Patrícia Galvão, a Pagu, comandavam críticas impressas ao Estado, à Igreja, a tradições, à sociedade, a monopólios, às autoridades. Com clima de provocação, O Homem do Povo circulou na capital paulistana na década de 30, foi recuperado nos anos 80 e retorna agora, em O Homem do povo: coleção completa e fac-similar do jornal criado e dirigido por Oswald de Andrade e Patrícia Galvão (Pagu) (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Museu Lasar Segall/Globo, 76 pp., R$85). O Homem do Povo é um documento de um dos momentos mais agitados do Brasil, que combinava mudanças econômicas, políticas e sociais. Neste sábado, dia 17, acontece o lançamento, às 17, na abertura da exposição Pagu/Oswald/Segall no Museu Lasar Segall (Rua Berta, 111. Vila Mariana/SP).