A partir desta quinta-feira, 10 de setembro, 600 mil visitantes são esperados na XIV Bienal do Livro do Rio de Janeiro, um dos principais eventos culturais do País, que acontece no Riocentro (Av. Salvador Allende, 6.555 – Barra da Tijuca. Tel.: 21 3035-9204). Cerca de 100 escritores brasileiros e 18 internacionais vão integrar a programação do evento, que contará com 67 sessões de debates e 84 ações voltadas para o público infanto-juvenil. Nesta edição, a Bienal homenageia os Estados Unidos, trazendo para o Brasil autores como Arthur Phillips, Eli Gottlieb, Dash Shaw, David Wroblewski, David Grann, Meg Cabot, Larry Rohter e Steven Jay Schneider, entre outros. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Sônia Jardim, entidade responsável pelo evento, a Bienal foi desenvolvida pensando na qualidade e na diversidade do conteúdo. “Vamos apresentar propostas diferentes, que vão aproximar ainda mais os leitores do universo literário”, instiga Sônia. Na programação deste ano, três novos espaços foram criados, além de uma exposição que retrata o trabalho de décadas de José Olympio, um dos principais editores do País, o Café Literário e encontros com escritores estrangeiros.
Uma das principais apostas desta edição é voltada para o público infanto-juvenil. A “Floresta de Livros” oferecerá diariamente uma experiência única de contato com os livros, aliando tecnologia e informação. As outras novidades são: “Mulher e Ponto”, dedicado ao debate de temas de interesse das leitoras do País; e o “Livro em Cena”, que será palco de leituras dramatizadas de clássicos da literatura brasileira. “Fizemos um trabalho grande de pesquisa para informar a definição do novo formato da programação cultural. A ideia central foi renovar e qualificar. Apresentar uma programação mais bem elaborada e mais consistente, com novidades para os diferentes tipos de leitores. Escolhemos um time de curadores de talento e experiência e aumentamos o investimento para oferecer um belo programa para todas as faixas de idade e interesse”, afirma o vice-presidente do Snel, Roberto Feith. A programação cultural desta edição contará com investimentos de R$ 1,7 milhão, 30% a mais que em 2007. Além dos 12 autores norte-americanos já confirmados para o evento, outros escritores internacionais participam da programação da Bienal, como Miguel Sousa Tavares, Bernard Cornwell, David Grossman, Joseph O´Neill, Tim Winton e Andrew Keen. Entre os brasileiros figuram nomes como
Homenagem - “José Olympio – Um editor e sua casa” é o título da homenagem que a Bienal prestará a um dos principais editores do século passado, responsável pela publicação de obras de nomes como Gilberto Freyre, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e Jorge Amado. A exposição dará ao público da Bienal a chance de ver importantes etapas da história do mercado editorial brasileiro ao longo de décadas. “Selecionamos cerca de 200 publicações das principais edições da editora José Olympio, como as de José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade, que mostram a arte de editar livros na primeira metade do século XX”, explica Marcos Pereira, neto do editor e produtor da mostra. A mostra ocupará 300 m² e tem a curadoria de José Mario Pereira Filho e projeto museográfico de Victor Burton.
