Os Cadernos da guerra e outros textos (Estação Liberdade, 384 pp., R$ 56 – Trad.: Mário Laranjeira) constituem uma importante parte dos arquivos pessoais que Marguerite Duras legou ao Estado francês em 1995. Escritos entre 1943 e 1949, foram durante muito tempo conservados nos “armários azuis” de sua casa em Neauphle-le-Château. Sua publicação permite hoje o acesso a uma documentação autobiográfica. O conteúdo desses quatro cadernos extrapola o quadro da Segunda Guerra Mundial. Neles, evoca os períodos cruciais de sua vida: a infância na Indochina repleta de peripécias; a adolescência na colônia francesa; as cenas duras e de grande franqueza que nos trazem episódios da resistência francesa à ocupação alemã e da libertação de Paris; entre outras lembranças.