Paraty começou! Para muitos visitantes e participantes assíduos da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), o nome da cidade já é sinônimo da Festa. O crítico literário, Davi Arrigucci Jr., em sua conferência de abertura sobre o homenageado do ano, Bandeira, disse que o poeta “deixa o ruído do mundo humilde penetrar nos sentimentos elevados do alumbramento”. Liz Calder, presidente da Flip, seguiu as formalidades da abertura da festa ressaltando a dificuldade de se chamar a atenção para a poesia nos dias de hoje e, para terminar, subiu ao palco Adriana Calcanhotto, veterana na festa - é seu segundo show na Flip. A cantora e letrista abriu a apresentação com uma leitura de Bandeira e reafirmou as palavras de Liz Calder. Demorou a se encontrar com a poesia. E foi o rádio que levou o lirismo até a vida dela. A música é uma simples vontade de fazer chegar a poesia, chegar a outros leitores do mesmo jeito que chegou a ela. Soaria clichê, não se tratasse de Calcanhotto, que tem parcerias com Wally Salomão e percebe a beleza em músicas populares, gravando, cantando em seus shows e despindo de preconceitos o trabalho de gente do funk, do samba...Final de show animado, com o público finalmente de pé, foram iniciados os trabalhos. Que siga nesse ritmo Paraty!