Arthur Schopenhauer, conhecido como “filósofo do pessimismo”, não escondera de amigos e seguidores a existência de um manual zelosamente guardado. Depois de sua morte, o executor testamentário, Willen von Gwinner as utilizara para escrever a biografia do filósofo, A arte de conhecer a si mesmo (WMF Martins Fontes, 128 pp., R$ 31,40). Iniciado em 1821 e continuado nas décadas seguintes, este “livro secreto” era constituído por cerca de 30 páginas repletas de anotações autobiográficas, recordações, reflexões, normas de comportamento e máximas e citações que Schopenhauer registrara como aquilo que era mais importante para ele. Uma espécie de essência de sua própria sabedoria de vida: as regras de uma arte de conhecer a si mesmo e, ao mesmo tempo, tornar menos difícil a convivência com os outros e a orientação no mundo.