Existem muitas biografias de Marilyn Monroe e de John Fitzgerald Kennedy, mas Marilyn e JFK (Objetiva, 216 pp., R$ 33,90 – Trad.: Jorge Bastos), de François Forestier, se propõe a ser o primeiro relato completo da história dos dois juntos, revelando a paixão da musa e fazendo questão de desmistificar a aura de bom moço do presidente americano. "Para iluminar um pouco tanta escuridão, foi preciso uma sólida documentação, um editor paciente e um defeito crucial: uma má índole. Eu tenho", instiga o autor. Como conta Forestier, o que mais o entusiasmou e impressionou durante as pesquisas para o livro foi o nível de espionagem sobre as vidas de Marilyn e JFK. "O FBI gravava suas conversas, a Máfia instalou câmeras na casa de Marilyn, a CIA vivia mobilizada em torno deles, o psicanalista dela gravava as sessões. Eles eram observados absolutamente todo o tempo", observa. Para o autor, seu livro difere das diversas biografias existentes sobre a dupla, na medida em que procura ir além dos perfis clássicos da atriz, descrita ora como uma heroína feminista, ora como uma pobre jovem manipulada; ou de JFK, simplificado como aventureiro trivial e político medíocre.