Uma análise do modo como a encenação cinematográfica revela a trama de um filme, transmite a emoção e encanta o espectador com o auxílio da composição pictórica está presente em Figuras traçadas na luz: a encenação no cinema (Papirus, 352 pp., R$ 79,90 – Trad.: Maria Luiza Machado Jatobá), de David Bordwell, da coleção Campo imagético. O livro faz perceber que, se o diálogo e a atuação são fundamentias em um bom filme, a direção de cena também tem um papel imprencidivel, indicando um estilo. David Bordwell percorre a história do cinema e ilustra suas análises com mais de quinhentos fotogramas de filmes, com destaque para as contribuições de quatro diretores: Louis Feuillade, mestre das séries da década de 1910, cuja produção é examinada em profundidade; Kenji Mizoguchi, o grande cineasta japonês do período entre 1920 e 1950; Theo Angelopoulos, que começou sua carreira como um modernista político, no final dos anos 1960, e Hou Hsiao-hsien, que na década de 1980 se tornou o mais proeminente diretor asiático.
