A versão original de 1890 de O retrato de Dorian Gray (Landmark, 240 pp., R$ 34 – Trad.: Marcella Furtado) está sendo lançada em edição bilíngue, antecipando o lançamento de “Dorin Gray” nos cinemas de todo o mundo. Oscar Wilde publicou inicialmente o livro no periódico norte-americano Lippincott’s Monthly Magazine, em 20 de junho de 1890. Esta versão original é a que está sendo reeditada, com os 13 capítulos originais publicados pela revista norte-americana, sem as alterações posteriores, que a editora Inglesa Ward, Lock and Company exigiu para lançá-lo no mercado britânico. Essas exigências e modificações deveriam suavizar a trama. Dorian Gray é um belo e ingênuo rapaz retratado pelo artista Basil Hallward em uma pintura. Mais do que um mero modelo, Dorian Gray torna-se inspiração a Basil em diversas outras obras. Devido ao fato de todo seu íntimo estar exposto em sua obra prima, Basil não divulga a pintura e decide presentear Dorian Gray com o quadro. Com a convivência junto a Lorde Henry Wotton, um cínico e hedonista aristocrata muito amigo de Basil, Dorian Gray é seduzido ao mundo da beleza e dos prazeres imediatos e irresponsáveis, espírito que foi intensificado após, finalmente, conferir seu retrato pronto e apaixonar-se por si mesmo.