O sonho de uma vida melhor na América cai por terra quando a jovem judia Lillian Leyb, ao chegar em Nova York, depara-se com uma realidade completamente diferente da que desejou. A história da protagonista de Longe daqui (Nova Fronteira, 224 pp., R$ 29,90 – Trad.: Adriana Lisboa), de Amy Bloom, começa em meados dos anos 1920, quando ela deixa a Rússia para trás após toda a sua família — os pais, o marido e a filha — ser morta num sangrento e traumático massacre. Motivada pelas histórias de fartura e liberdade que ouvia sobre a América, parte para Nova York a fim de recomeçar a vida, mas encontra um lugar no qual é obrigada a dividir pão e repolho com estranhos dentro de um cômodo apertado e imundo. A escritora usa sua prosa poética e hipnótica para fazer com que o leitor siga ao lado de Lillian em sua jornada de cores e sombras através dos EUA do começo do século XX. A notícia de que sua filha, porém, não estava morta, muda o destino de Lillian.