Direito ao nome próprio
PublishNews, Redação, 15/01/2009

Conforme matéria publicada no Portal Expresso, de Portugal, nasceu há um mês e meio, chama-se Poesia Incompleta, é um livraria diferente: da sua porta para dentro só há poetas. E todos eles com direito a nome próprio. Com mais rigor: entrando, percorrendo com o olhar as estantes nas duas salas de que a livraria para já dispõe, não se procura, por exemplo, um livro de Sena na sequência S. O livro, se houver, há de estar em J, de Jorge, Jorge de Sena. E Gedeão em A, de António, e Camões em L, de Luís, e Pessoa, em F, de Fernando. E assim por diante. Nenhum engano, e nada de extraordinário. O proprietário e único empregado da livraria, Mário Guerra, Changuito para amigos e clientes, sabe bem as regras de organizar uma biblioteca. "De fato, se pensarmos objetivamente, há uns nomes que conhecemos pelo apelido. Mas eu acho que é menos. Ninguém vem perguntar pelo Verde. Ninguém vem perguntar pela Lopes. Perguntam pela Adília Lopes, pela Adília. O Sena toda a gente sabe que é Jorge, o Camões toda a gente sabe que é Luís. Acho que é maior o número de poetas que chamamos pelo nome e pelo apelido. E acho que é também uma forma carinhosa de os tratar pelo primeiro nome. Acho bonito".

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