Jorge Amado para crianças
, 18/09/2008

Uma amizade inusitada, que vira um amor proibido. Assim é a história do gato Malhado e da Andorinha Sinhá, que Jorge Amado colheu de uma trova do poeta Estêvão da Escuna, que a costumava recitar no Mercado das Sete Portas, em Salvador, e a colocou no papel com o tom fabular dos contos infanto-juvenis em 1948, quando vivia em Paris, resultando no livro O gato malhado e a andorinha sinhá (Companhia das Letrinhas, 128 pp., R$ 34), de Amado com ilustrações de Carybé. A obra relata a surpresa do Gato Malhado, que tinha um temperamento ruim e afugentava os outros bichos. Até que, chegada certa primavera, o Gato nota que a Andorinha Sinhá não tem receio algum dele. Foi o suficiente para que dali nascesse a amizade dos dois, que se aprofunda com o tempo. No outono, os bichos já viam o Gato com outros olhos, achando que talvez ele não fosse tão ruim e perigoso. Durante esse tempo, até soneto o Gato escreveu. E confessou seu amor à Andorinha, que por sua vez está prometida ao Rouxinol.

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