Musa modernista
, 09/09/2008

Irreverente, corajosa, idealista. Essa era Patrícia Rehder Galvão, mais conhecida como Pagu. Figura feminina de grande importância na história paulistana nas décadas de 20 a 40, amante e mulher de Oswald de Andrade. Sua trajetória agora é contada pela historiadora Tereza Freitas em Dos escombros de Pagu – um recorte biográfico de Patrícia Galvão (Senac São Paulo/Sesc Edições, 200 pp., R$ 30). O trabalho é fruto da dissertação de mestrado da autora e foi reconhecido com o prêmio de melhor livro no concurso do Programa Ação Cultural (PAC) da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, em 2006. O primeiro capítulo tenta mostrar como a modernista via o mundo. Já no segundo, a historiadora conta sobre as viagens que Pagu fez a países como Japão e Manchúria, a partir de 1933, como correspondente do Correio da Manhã e do Diário de Notícias. A parte final é dedicada ao fim da vida de Patrícia Galvão como Pagu, quando sai da prisão pela última vez. Depois de sofrer torturas físicas e psicológicas e decepcionar-se com a causa política, Patrícia declara que Pagu já não existia.

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