Em Três vezes Machado de Assis (Ateliê Editorial/Oficina do Livro, 56 pp., R$ 15), Ubiratan Machado presta uma homenagem a Machado de Assis, na forma de três ensaios de cunho histórico em que reconstitui as reverberações da viagem do escritor a Minas Gerais no romance Quincas Borba, o Rio de Janeiro e suas transformações e a efervescência intelectual e crítica do século XIX. O primeiro deles analisa o impacto de uma excursão à Barbacena, Minas Gerais, e a presença dessa localidade no romance Quincas Borba. Já "O Rio de Machado de Assis", segundo ensaio do livro, mostra como a trajetória do escritor, "puro carioca", confunde-se com sua cidade natal. O universo crítico e os ataques sofridos pelo escritor por parte de escritores e intelectuais estão presentes no último ensaio "Machado de Assis e Cruz e Souza". O foco do autor aqui é reconstituir a autoria verdadeira de uma produção poética, atribuída ao poeta simbolista Cruz e Souza, em que Machado de Assis é acusado de plagiador.