O cordel é uma das principais formas de manifestação popular. Os folhetins de histórias em versos sobre temas diversos, como amor, disputas, notícias e crimes fazem parte da tradição ibero-americana. Ao contrário da América espanhola, que logo adotou essa forma de expressão, com exemplos notáveis como Martín Fierro, o Brasil vem timidamente agregando essa forma popular ao estudo acadêmico, desde meados do século XX, e assim incorporando de fato essa manifestação à cultura formal e às escolas de ensino fundamental e médio. A coleção Biblioteca de Cordel, organizada até 2006 pelo professor Joseph Luyten, é um projeto que teve seu início em 2000. Cada volume possui uma introdução dedicada a uma obra de cada poeta e uma seleção de cordéis representativa do autor. Atualmente, a coleção conta com 22 títulos, abrangendo oito Estados brasileiros. Com o intuito de dar andamento a esse projeto, a editora Hedra acaba de lançar mais seis cordéis. J. Borges (144 pp.), José Soares (160 pp.), Franklin Maxado (144 pp.), Klévisson Viana (152 pp.), Rouxinol do Rinaré (144 pp.) e Francisco das Chagas Batista (152 pp.), a R$ 18.